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BOLETIM
MENSAL DO PROGRAMA DE ESTUDOS DOS NEGÓCIOS DO SISTEMA AGROINDUSTRIAL
- PENSA ![]() Editores: Samuel Ribeiro Giordano e Christiane Leles Rezende |
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![]() publicado no Jornal O Estado de São Paulo, no dia 16 de janeiro de 2004, escrito pelo prof. Dr. Marcos Fava Neves. |
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Nos dias 12 e 13 de dezembro, foi realizado na FEA/USP a Conferência: Promoting Institutional Reforms in Latin América, organizado pelo Center for International Private Enterprise (CIPE), pelo Ronald Coase Institute e pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. Este foi um evento multidisciplinar, abordando as áreas de Economia, Administração e Direito. O Evento contou com a presença de lideranças de renome e, entre outras autoridades da Nova Economia Institucional, nacionais e internacionais, destaca a presença do Prof. Dr. Douglass North, Prêmio Nobel em Economia.
Confira
a cobertura na íntegra realizada pelo site Administração
em Pauta: www.fia.com.br/admpauta/158/coase.htm |
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No mês de Dezembro, foi realizado o ultimo módulo do 1º Curso PENSA “Competitividade Profissional no Agronegócio” realizado no dia 5 e 6 de dezembro. O curso contou com a presença de 20 alunos, sendo o grupo composto por profissionais que atuam em diferentes setores e recém formados. O curso foi realizado em cinco módulos, que aconteceram as sextas feiras das 18:00 as 22:00, e aos sábados das 8:30 as 18:00, totalizando uma carga horária de 60 horas. Este foi o primeiro curso voltado para recém formados realizado pelo PENSA, tendo como objetivo oferecer mais competitividade aos ingressantes no mercado de trabalho e no agribusiness. Foram abordados conceitos teóricos, aplicações de casos, exercícios e ilustrações de situações reais do mundo dos agronegócios. O público-alvo são, especialmente, os profissionais recém-graduados, com até cinco anos de formatura, nas áreas de agrárias, florestais, veterinárias, zootécnicas, econômicas, administrativas e jurídicas. O 2º Curso PENSA “Competitividade Profissional no Agronegócio” será realizado nos dias 15, 16, 29 e 30 de outubro; 12, 13, 26 e 27 de novembro e 3 e 4 de dezembro de 2004. Para
assistir trechos das aulas ministradas no curso entre no site: www.fia.com.br/pensa/curso_pensa |
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O Fundecitrus acaba de encomendar um novo trabalho ao Centro de Inteligência em Cadeias Produtivas do PENSA, Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial, da Universidade de São Paulo (USP). O objetivo é atualizar as características de toda a cadeia produtiva da laranja. Este é o segundo estudo realizado por meio dessa parceria. O primeiro projeto foi concluído em 2001 e resultou na criação da "Laranja Brasil", uma instituição formada por produtores de laranja e empresas que atuam em diferentes setores da cadeia produtiva, com a missão de promover a citricultura brasileira. A pesquisa vai mapear todos os setores da cadeia, desde o de insumos agrícolas, produtores e seus fornecedores, indústrias de suco, distribuidores, mercado consumidor, transporte e logística, armazéns, maquinário, pesquisadores, entre outros. A intenção é verificar como é a representatividade da citricultura no mercado brasileiro, destacando as transações financeiras realizadas, o número de empregos gerados, as principais regiões produtoras e industriais, o desenvolvimento das pesquisas científicas e tecnológicas, entre outras características.
De acordo com o coordenador do projeto no PENSA, Marcos Fava Neves,
o trabalho é importante porque mostra a relevância do segmento
para o país em termos econômicos e sociais. "Conhecendo
exatamente como é a cadeia citrícola, fica mais fácil
para os produtores, empresários e governo se organizarem e iniciarem
o desenvolvimento de políticas públicas e privadas que
podem melhorar ainda mais o desempenho do setor", explica. Também
estão participando no projeto os pesquisadores mestrando Frederico
Lopes, Ricardo Rossi e os estagiários Lucas Teixeira e Everton
Molina
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O workshop abordou metodologia de pesquisa, com base na Nova Economia Institucional. O workshop contou com 15 participantes que passaram por uma seleção. Ocorreram rodadas de discussões, onde os participantes apresentaram seus trabalhos de pesquisas, contando com a participação professores ligados ao Ronald Coase Institute e discutindo com eles seus projetos de pesquisa em andamento. O
worshop abordou como tema central a Aplicação da Nova
Economia Institucional em análises empíricas. Versões
deste Workshop foram realizadas também no MIT, em Berkeley e
Budapest.
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O seminário será conduzido pelos pesquisadores David Thelwall e Josh Dadd, representantes da PMS, que estarão comentando dados obtidos do setor tritícola de 12 países. O seminário será proferido em inglês sem tradução simultânea. O seminário será realizado nas dependências FEA – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP, situada na avenida Luciano Gualberto, 908, Prédio FEA 1, sala E 1 – cidade universitária, Butantã, São Paulo. Para maiores
informações: (11) 3735-4171 ou e-mail pensa@fia.com.br |
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Na primeira parte, competência adquirida, um resumo dos números, para quem nunca leu nada sobre agronegócios: cerca de 30 a 35% do PIB do Brasil, uma safra de mais de 110 milhões de toneladas de grãos. Respondeu por 42% das exportações brasileiras em 2003, saldo de mais de US$ 25,8 bilhões na balança comercial, advindo de um crescimento nas exportações de 27% em relação a 2002. Maior exportador no mundo em cana de açúcar, citrus (com ênfase no suco) e também no café. Em 2003 aparecem dois novos líderes: carne bovina, onde crescemos simplesmente 50% em relação a 2002 e carne de frango, com crescimento de 28%. Contribuiu mais uma vez para a interiorização do desenvolvimento do país. Em tecnologia, destacam-se sistemas de irrigação localizada, defensivos de ultima geração, maquinas eficientes, sementes melhoradas, sistemas de monitoramento por satélite, entre outras, fruto de investimentos privados e públicos das empresas de insumos aqui instaladas (que bateram recordes de vendas em 2003) e ao papel impressionante da Embrapa e de outros centros de pesquisa públicos. Em gestão agropecuária, uma fazenda hoje apresenta uma “arquitetura” diferente. É um conjunto de contratos e agentes articulados, seja com insumos, revendas, prestadores de serviços, técnicos, comercializadores, e outros. A fazenda fica cada vez mais enxuta, eficiente e empresarial. Muda o perfil e a imagem do “fazendeiro”. A segunda parte é sobre o potencial do Brasil, que nos leva sempre ao exagero. Mas desta vez o exagero é dos norte-americanos. Segundo seu Departamento de Agricultura, dos 845 milhões de hectares existentes no Brasil, apenas 42 milhões são atualmente usados. Outros 42 milhões não podem ser usados por serem cidades, estradas, lagos, entre outros. 444 milhões são florestas e devem ser usados sustentavelmente, aproveitando os US$ bilhões da biodiversidade. Sobra então 140 milhões de hectares ainda não usados no Cerrado, bem como 170 milhões de hectares de pastagens, parte destes podem ser convertidos para grãos e outras culturas. Soja pode ser produzida numa área entre 50 a 100 milhões de hectares, gerando algo entre 150 a 300 milhões de toneladas, se o mercado mundial assim desejar (EUA). Por isto estão vindo investir aqui. Em todos os elos das cadeias produtivas. A terceira parte, sobre os desafios, é mais complexa. E quais seriam os nossos desafios para continuar crescendo? Divido-os em 4 blocos, para fins didáticos, pois não dá para separá-los na prática. O primeiro desafio é do país: estabilidade política, superar os desafios macroeconômicos das elevadas taxas de juros, escassez de recursos financeiros, problemas tributários, bem como problemas na infra-estrutura de transporte, meio-ambiente, defesa sanitária, entre outros. Estado e setor privado devem operar juntos nesta agenda, exaustivamente discutida. O segundo desafio é o de crescer em commodities, aumentando cada vez mais nossa participação no mercado e removendo gradualmente outros produtores mundiais. A luta deve ser por acesso a mercados, algo que vem sendo feito pelo Governo e pela iniciativa privada, de maneira articulada (convido o leitor a visitar o site www.iconebrasil.org.br). O protecionismo que nos atrapalha não cairá facilmente, mas não será eterno. O terceiro desafio é uma maior captura de valor (coordenação vertical) na pauta. Aplicação das ferramentas do marketing, especialmente a inteligência de marketing, prospecção de novos mercados e compradores potenciais, a inovação em termos de produtos, serviços e marcas, a exploração de nichos de mercado e a comunicação. Em canais de distribuição, além de entendê-los, aproveitar as oportunidades geradas pelas grandes redes varejistas mundiais, comprando alimentos aqui para distribuir em todas as suas lojas no mundo. Exportar serviços, royalties e marca (franquias de alimentos iniciam a internacionalização) e priorizar o crescente segmento de alimentação fora do lar, o foodservice. O quarto desafio é o do associativismo (coordenação horinzontal). Para a inclusão de produtores no moderno agronegócio brasileiro, é necessária a cooperação, e aí as Cooperativas têm papel importante, devendo interagir mais internacionalmente, comprando e vendendo diretamente a outra fora do país, com a marca cooperativista. Para atingir estes desafios precisamos de cooperação e de ações coletivas no agronegócio. O Pensa (Programa de Agronegócios da USP) tem um laboratório de cadeias produtivas, onde assuntos ligados à estratégia, marketing e ações coletivas são aplicados a empresas e cadeias dos agronegócios. Convido o leitor a visitar o site “laranjabrasil.com.br". Cadeias do trigo e do leite seguem buscando o mesmo tipo de organização, que não é novidade no mundo. É nosso sonho (ou já esta ficando realidade?) alcançar o posicionamento de fornecedor mundial de alimentos. Em 10 anos, quando se falar em alimento no mundo, o primeiro país que vem a mente dos consumidores é o Brasil. Ocupar o segmento “best-value” (alimento de maior valor com melhor relação benefício/custo), de produção confiável (“the reliable supplier”), moderno, sustentável, sempre tentando capturar valor aqui, arrecadando impostos, gerando e distribuindo renda e desenvolvimento. 2003 foi um ano de crescimento e valorização inesquecível do agronegócio. Se 2004 igualar, já está ótimo. Parabéns por 2003. Ao trabalho em 2004. Marcos Fava
Neves é Professor de Marketing e Estratégia no curso de
Administração da USP, Campus de Ribeirão Preto
(www.fearp.usp.br/fava
- mfaneves@usp.br) e pesquisador do Pensa. |