Agribusiness do Café no Brasil Elizabeth M.M. Q. Farina
A publicação retrata o setor cafeeiro brasileiro, a partir de diagnósticos, entrevistas, análises e discussões com representantes de todos os segmentos do sistema agroindustrial (SAG) do café de diferentes regiões produtoras, além de técnicos de universidades e de institutos de pesquisa. Dados apresentados na publicação mostram que em 1998 o SAG do café foi responsável por 5% do total das receitas de exportações brasileiras, o que significa US$ 2,6 bilhões de divisas com exportação. Apesar desse resultado favorável, complementa a obra, a participação do Brasil no mercado internacional do café tem sido decrescente. Na década de 60 o Brasil deteve 40% do total da produção mundial de café, ao passo que nos anos 90 sua participação está ao redor de 20%. No primeiro capítulo, a professora Elizabeth detalha a base conceitual utilizada pelo PENSA para analisar a competitividade dos sistemas agroindustrias que integram o projeto desenvolvido para o IPEA. Segundo a professora, são informações recomendadas aos leitores que desejarem se aprofundar nos fundamentos econômicos e metodológicos desenvolvidos pela equipe envolvida no projeto. O capítulo trata ainda dos temas relacionados a competitividade, estratégias empresariais, coordenação e políticas públicas dirigidas ao setor. Os demais capítulos que compõem a obra são ilustrados com um série de tabelas, quadros e gráficos, que facilitam a leitura dos temas abordados. Entre eles estão contemplados a situação do sistema agroindustrial do café cultivado no Brasil, a participação da produção brasileira na produção mundial, o nível de exportações, preços, classificação de defeitos e padronização. Alguns destaques dessas tabelas podem ser observados no oitavo capítulo, que traz um quadro sobre os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças observadas no SAG do café. Cada um desses tópicos está dividido por segmentos específicos. Também neste capítulo podem ser encontrados os quadros com a atual situação do sistema e uma projeção para 2008. O quinto capítulo é o mais longo e também o mais rico. Nele as autoras apresentam uma ampla análise do ambiente competitivo em cada um dos principais segmentos do SAG do café. Consumidor, exportador, industrial (torrefação, moagem e solúvel e produtores são os tópicos tratados nesse trecho do livro. Entre as tendências identificadas no segmento consumidor de café, as autoras apontam o crescimento do consumo de tipos especiais tanto no Brasil como no exterior, estagnação do consumo de cafés tradicionais nos países desenvolvidos, aumento da participação de produtos à base de cafés (café gelado em lata, cappuccino, balas de cafés e shake) no total das vendas de café no varejo, aumento da participação dos grandes supermercados na comercialização do café e aumentos das vendas de cafés em lojas especializadas. O último capítulo do livro é dedicado a um conjunto de 23 propostas de políticas públicas e privadas que contemplem medidas de estímulo à produção sustentável e também medidas de estímulo à produção, comercialização e consumo de cafés de qualidade, relacionando os agentes responsáveis pela implementação de cada um das propostas. Agribusiness do Café
no Brasil Contato com os autores |