Coletânea discute tendências da gestão estratégica do conhecimento Maria
Tereza Leme Fleury
Moacir de Miranda Oliveira Jr
Sob a organização da professora da FEA/USP, Maria Tereza Leme Fleury - coordenadora do PROGEP - e de Moacir de Miranda Oliveira Jr., docente da PUC-SP e da Fundação Dom Cabral, a obra propõe a gestão do conhecimento como uma forma de "complementar lacunas e oferecer novas oportunidades de pesquisa e ação estratégica na empresa, não complementadas pela abordagem da aprendizagem organizacional e outras abordagens na teoria organizacional." Segundo os organizadores, quando o conhecimento da empresa - definido como informações associadas à experiência, intuição e valores da organização, resultado das interações que se estabelecem no ambiente de negócios - não pertence exclusivamente a determinados indivíduos mas é compartilhado entre todos os colaboradores e também não precisa ser explicado a ninguém - ou seja, é inerente às ações das pessoas -, ele se torna a base das competências essenciais dessa empresa. São essas competências essenciais que permitirão o surgimento de novos produtos. "Parece claro que, nesses tempos de globalização e forte pressão concorrencial, o produto que sustenta a liderança de uma empresa hoje dificilmente vai ser a base de sua vantagem em dois ou três anos. São as competências essenciais que irão gerar os produtos que sustentarão essa vantagem no futuro", afirmam os autores. E o que são essas competências? "É o saber agir responsável e reconhecido, que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimento, que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo." Desenvolver esse tipo de recurso intangível, fazendo dele a base de uma estratégia competitiva, é vital para que as organizações assegurem seu crescimento no futuro. "A gestão do conhecimento deve servir como uma linha-mestra norteadora das ações estratégicas das empresas que se pretendem manter competitivas na 'economia do conhecimento'." A obra está organizada em quatro partes, pelas quais se dividem os artigos selecionados. Na primeira delas, a ênfase é na fundamentação epistemológica da gestão de conhecimento, enquanto que na segunda são estabelecidos os nexos na teoria de administração estratégica que interligam a gestão do conhecimento e da aprendizagem organizacional à vantagem competitiva. Já a terceira
e quarta partes resultam de trabalhos empíricos. A gestão
do conhecimento em empresas brasileiras e em cadeias de empresas são
alvo dos artigos reunidos na terceira parte. A quarta apresenta estudos
sobre transferência de conhecimento e aprendizagem organizacional
em alianças estratégicas e redes corporativas globais, relacionando
o tema da gestão com as novas tendências dos processo de
competição globalizada. Livro:
Gestão Estratégica do Conhecimento Contato com os autores: |