DEPRN / DUSM - Equipe Técnica de Mogi das Cruzes
A qualidade das águas Segundo relatório sobre a qualidade das água elaborado pela CETESB (2001) os dados permitem verificar que a classe de qualidade "Boa" predominou sobre as demais em 2001, em 50% dos casos. A classe "Péssima", por outro lado, foi a de menor predominância, com 7% do total, porém apresentando alto incidência na região do Alto Tietê (ver abaixo). Com relação à evolução temporal, o estudo das tendências mostrou uma situação estável ao longo dos últimos dez anos para a maioria dos pontos monitorados. Segundo os dados referentes a distribuição da qualidade nas UGRHIs é possível constatar que na maioria delas ocorre a predominância da classe "Boa" sobre as demais classes. Particularmente, as UGRHI 03 (Litoral Norte), UGRHI 04 (Pardo), UGRHI 12 (Baixo Pardo / Grande), UGRHI 14 (Alto Paranapanema), UGRHI 17 (Médio Paranapanema), UGRHI 18 (São José dos Dourados) e UGRHI 19 (Baixo Tietê), são as que apresentaram melhor situação, enquadrando-se ao longo de todo o ano de 2001, predominantemente nas classes "Boa" e "Ótima". Este fato deve estar relacionado com a menor ocupação de suas bacias de drenagem além de pequena atividade industrial. A UGRHI 06 (Alto Tietê), por outro lado, foi a que apresentou o maior comprometimento da qualidade de suas águas, mostrando a maior incidência da categoria "Péssima", com 26%. A pior condição de qualidade das águas desta UGRHI pode ser explicada em função de sua localização, que abrange a RMSP, que se caracteriza pela forte ocupação urbana, além de conjugar o maior polo industrial do país. Outras UGRHIs onde também se verificou um elevado comprometimento da qualidade das águas foram as UGRHI 05, que abrange a região de Campinas, com elevado desenvolvimento urbano e industrial e a UGRHI 10, que além de sofrer a influência do Alto Tietê, recebe os lançamentos das atividades desenvolvidas na região de Sorocaba. Em relação à Região Metropolitana de SP podemos verificar no detalhe do mapa acima, que a qualidade das águas do Rio Tietê é considerada "Boa" próxima da nascente (em Salesópolis) e depois passa de "Ruim" (região de Suzano) a "Péssima" (região de Guarulhos) (mapa da RMSP em maior aumento). Sendo o mais amplo e dinâmico complexo urbano-industrial do país, as regiões do ABCD, Guarulhos e Osasco são áreas bastante conturbadas. As principais atividades industriais são metalúrgica, mecânica, química e alimentícia. Na região de Suzano, o Rio Tietê apresenta um ponto de inflexão de qualidade de suas águas, uma vez que os poluentes lançados em sua calha superam sua capacidade assimilativa, acarretando quase que a total extinção dos níveis de oxigênio dissolvido. As médias dos sólidos dissolvidos e particulado, incluindo-se a matéria orgânica biodegradável, confirmam a piora substancial na qualidade de suas águas.
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