DEPRN / DUSM - Equipe Técnica de Mogi das Cruzes

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Qualidade das águas superficiais do Alto Tietê / Cabeceiras

A degradação da qualidade da água pode restringir seu uso para abastecimento doméstico, agrícola e industrial, inclusive a geração de energia, navegação, pesca, agricultura, recreação e lazer.

Os recursos hídricos da região da Bacia do Alto Tietê estão sujeitos a diversas formas de poluição. As cargas poluidoras são originadas através de atividades domésticas, industriais e agrícolas. Estas cargas são diretamente despejadas nos recursos hídricos ou então sofrem algum grau de tratamento que, em geral, não remove todos os poluentes existentes. A própria atividade de tratamento e disposição de resíduos pode gerar poluição conforme pode se verificar nos casos de disposição dos resíduos sólidos urbanos e do lodo gerado no tratamento de esgotos domésticos e industriais.

A situação dos recursos hídricos tem sido estimada através do monitoramento da qualidade da água em pontos que constituem a rede básica da CETESB.

O Índice de Qualidade da Água (IQA) tem como principal objetivo fornecer alguma informação sobre o grau de adequação da água para o abastecimento público. O IQA adotado pela CETESB emprega os seguintes parâmetros de qualidade da água: temperatura, pH, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes fecais, nitrogênio total, fósforo total, resíduo total e turbidez. Metais e substâncias orgânicas não são consideradas neste índice. O IQA não considera uma série de poluentes importantes detectados em recursos hídricos que são bem classificados de acordo com este índice. Para tentar resolver este problema, em 1998 a CETESB iniciou o desenvolvimento de dois novos índices de qualidade de água: o IAP (Índice de Qualidade de Água Bruta para fins de Abastecimento Público) e o IVA (Índice de Proteção da Vida Aquática).

A Tabela 1 abaixo mostra os dados de IQA dos pontos de amostragem da rede de monitoramento da CETESB na região da sub-bacia Cabeceiras da bacia hidrográfica do Alto Tietê para o ano de 2002.

Pode-se observar que a região dos municípios de Salesópolis, Biritita Mirim e Mogi das Cruzes apresenta boa qualidade das águas. Este quadro no entanto é modificado a partir de Suzano. Nesta região, o Rio Tietê apresenta um ponto de inflexão de qualidade de suas águas, uma vez que os poluentes lançados em sua calha superam sua capacidade assimilativa, acarretando quase que a total extinção dos níveis de oxigênio dissolvido. As médias dos sólidos dissolvidos e particulados, incluindo-se a matéria orgânica biodegradável, confirmam a piora substancial na qualidade de suas águas.

Tabela 1: IQA para a sub-bacia Alto Tietê Cabeceiras

Ponto de
Amostragem
Jan
2002
Mar
2002
Mai
2002
Jul
2002
Set
2002
Nov
2002

Média

Tendência
1991 - 2000
Rio Biritiba Mirim - Biritiba Mirim
54
65
79
76
75
63
69
Sem Tendência
Reservatório Taiaçupeba - Suzano
73
76
78
55
72
76
72
 
Rio Tietê - Biritiba Mirim
45
53
80
86
79
60
67
Sem Tendência
Rio Tietê - Suzano
31
34
28
19
22
25
27
 
Qualidade: -   Ótima -   Boa -   Aceitável -   Ruím -   Péssima
Fonte: CETESB (2003)