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Usos indevidos do solo da região do Alto Tietê /Cabeceiras

  • Desmatamento

A supressão de mata ciliar - que protege as margens dos rios, lagos e nascentes - provoca sérios problemas de assoreamento dos corpos d´água, carregamento de materiais e resíduos que comprometem a qualidade das águas. Nas áreas de nascentes e cabeceiras, o desmatamento acarreta o progressivo desaparecimento do manancial.

De acordo com o Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais - DEPRN, dados de 1997, a bacia do Alto Tietê, com área de 5.985 km2, possui 205.610 ha de área ocupada por vegetação nativa, cerca de 34% do total.
Não há dados atuais disponíveis que constatem a evolução desses índices.

A presença de formações florestais preservadas nesta região está relacionada às áreas com a topografia acidentada que dificultam sua ocupação. A recuperação florestal deve ser entendida como um conjunto de ações destinadas a incentivar a implantação de florestas de forma a promover o equilíbrio ambiental, a utilização sustentável dos recursos naturais e especialmente, proteger os mananciais.Essa proteção contribuiria para reduzir os problemas de assoreamento, de aporte de esgotos, resíduos urbanos, rurais e industriais, agrotóxicos e outros patógenos, que poderiam provocar as conseqüências já conhecidas: turbidez, contaminação tóxica e biológica, aumento da DBO, eutrofização e poluição em geral. A implantação e a conservação de florestas ciliares amplia as possibilidades de utilização dos recursos hídricos superficiais, para usos nobres, como abastecimento público.

O Estado de São Paulo vem criando dispositivos legais para uma política de proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos mananciais de interesse regional, assim como, desenvolvendo um conjunto de ações efetivas de recuperação florestal através da participação de diversos setores da administração estadual como a Secretaria da Agricultura e a Secretaria de Meio Ambiente, sendo órgão executor o Instituto Florestal de São Paulo.

Dentre as ações mais recentes está o Programa Municipal de Recuperação e Conservação de Mananciais, que visa à participação mais efetiva das administrações municipais na recuperação dos mananciais, e já mostra seus primeiros frutos com a implementação de um projeto piloto desenvolvido pela Fundação Florestal no município de São Pedro, onde o plantio de espécies vegetais nativas conta com a participação de associações de proprietários rurais, empresas e entidades comerciais locais, assim como a administração municipal.

Outro programa em andamento, no qual o principal componente é a implantação de tecnologias mais eficientes de utilização do solo, é o Programa de Recuperação de Microbacias, gerenciado pela Secretaria de Agricultura.

  • Impactos

A devastação florestal pela qual passou o Estado reduzindo sua cobertura vegetal para cerca de 4%, trouxe conseqüências como a redução dos mananciais de abastecimento público, a diminuição da biodiversidade, a erosão, o crescimento dos custos de produção da propriedade rural e a destruição da paisagem.

Erosão
A floresta amortece o impacto das gotas de chuva propiciando a infiltração mais lenta da água no solo. Isso reduz o escorrimento superficial e, conseqüentemente, diminui o processo erosivo e os riscos de deslizamentos de encostas. Por outro lado, a infiltração da água no solo, favorece a recarga do lençol subterrâneo que abastece as nascentes.

Alterações nos ecossistemas
A água que deixa de infiltrar-se no solo desprotegido escorre pela superfície, arrasta terra, matéria orgânica e agroquímicos, que poluem a água, assoreiam rios e represas, comprometem os mananciais de abastecimento público e provocam enchentes. Outra possível conseqüência é a alteração das suas características físico-químicas, a exemplo do aumento da turbidez da água, o que pode afetar a ictiofauna (micro e macro fauna de corpos d'água).
A vegetação também interfere no microclima e no clima de uma região, dependendo de sua menor ou maior extensão, respectivamente. Funcionam como reguladoras climáticas, minimizando os extremos de temperaturas, ou seja, evitando a ocorrência tanto de temperaturas muito elevadas, quanto muito baixas. Contribuem também para a formação de nuvens, por meio da liberação de vapor d'água para a atmosfera, pela transpiração das folhas.

  • Remanescentes de vegetação

Na Região Metropolitana de São Paulo o índice médio de cobertura de vegetação natural é cerca de 28% do total da sua área. Mesmo este índice sendo alto, pois a média de cobertura florestal na região da Mata Atlântica no Brasil é cerca de 8% (no início da década de 90), a vegetação concentra-se ao norte (ao longo da Serra da Cantareira) e ao Sul (ao longo da Serra do Mar).

O mapa de remanescentes de Mata Atlântica para os municípios do SPAT é mostrado a seguir. Vale ressaltar que a área na cor amarela do mapa, que corresponde aos municípios do estudo, era originalmente recoberta, totalmente, por Mata Atlântica.

Fonte: ww.spsitecity.com.br/megalopole/index.htm
Fonte: Instituto Sócio Ambiental. /website/mapas/index.asp.

Uso do Solo da Bacia do Alto Tietê
Fonte: Instituto Geociências USP - LIG

Legenda:    
1) Urbanização elevada 4) Vegetação rasteira e de tálus 5) Represa com poucos sedimentos em suspensão
2) Urbanização média 5) Vegetação média a densa 6) Represa com sedimentos em suspensão
3) Solo exposto