Mogi
das Cruzes
Histórico
Antiga povoação
fundada em território compreendido na sesmaria concedida, em 1560,
a Bráz Cubas. Foi elevada à Vila, por provisão do
Governador - Geral D. Luiz de Souza, em 17 de agosto de 1611, com a denominação
de Sant'Anna das Cruzes de Mogi. Foi instalada a 1º de setembro de
1611, sendo a solenidade presidida pelo capitão da Capitania, Gaspar
Coqueiro, representante oficial do governador.
Em 1º de setembro
de 1671 foi criado o município, através de um alvará.
A Lei nº 5, de 13 de março de 1855, elevou-se à cidade,
sendo posteriormente elevada à comarca em 10 de abril de 1874.
Como município,
foi criado com a freguesia de Sant'Anna de Mogi das Cruzes. A origem do
nome prende-se à palavra indígena "boygi", que
significa "Rio das Cobras", nome que se atribuía ao Rio
Tietê. De "boygi" passou a Mogi, sendo acrescentado "das
Cruzes" devido à possível existência de três
cruzes no adro da Igreja local.
Urbanização
Mogi das Cruzes tem
uma ocupação mais antiga e densa, com um núcleo urbano
bem provido de infra-estrutura, onde predominam atividades terciárias.
O município tem também significativa atividade industrial
e agrícola, sendo um dos maiores produtores de hortigranjeiros
da Região Metropolitana. Aí estão localizados também
os reservatórios de Taiaçupeba e Jundiaí, além
de grandes estruturas, como as subestações da Cesp e de
Furnas e a estação de tratamento de água do DAEE.
Destaca-se também a área da Serra de Itapeti, sujeita a
restrições ambientais, cujo trecho
urbano é ocupado por chácaras de lazer.
Caracterização
Localização:
S 23º34'20 W 46º02'15"
Área total: 414 Km2
Área urbanizada: 5,2 Km2
População: 25.728 hab
Densidade populacional: 62 hab./Km2
Taxa de urbanização: 84,20 %
Principais problemas
Poluição
do Rio Tietê (despejo de esgoto através de córregos
Canudos, Gregório, etc).
Trânsito caótico na zona central.
Circulação de trens de cargas.
Disposição final de lixo.
Saneamento e Coleta
de Lixo
Domicílios
abastecidos pela Rede Geral de Água: 89%
Domicílios c/instalação Sanitária ligados
à Rede Geral de Esgoto: 79%
Domicílios servidos por Coleta de Lixo: 85%
Perfil econômico
A página oficial
da Prefeitura de Mogi das Cruzes na internet destaca a importância
da agricultura para a região.
Mogi das Cruzes é considerado referência nacional na produção
de hortícola. Pólo irradiador de tecnologia na produção
de frutas, verduras, legumes, flores e ovos, a cidade recebe pesquisadores
do mundo inteiro. São quase 100 anos de horticultura na região,
introduzida pelos espanhóis e italianos. E abraçada pelos
imigrantes japoneses. Foram eles que, precisamente em Mogi, revolucionaram
o cultivo com a técnica da irrigação.
De uma área
cultivada de 6.241 hectares, os cerca de 2.000 produtores rurais retiram
o suficiente para abastecer 35% de todo mercado consumidor do Estado de
São Paulo e 5% do Rio de Janeiro. Toda região possui aproximadamente
3.500 produtores.
Somente no caso das
hortaliças, são mais de 170 itens. Mogi das Cruzes sustenta
os títulos de maior produtora brasileira de cinco itens, entre
hortigranjeiros, frutas e flores, além de desfrutar de fama internacional
por conta das exportações para o Japão, países
da Europa e do Cone Sul.
Para informações
detalhadas sobre Agricultura e Agropecuária dos Munícipios
do Estado de São Paulo: CATI
- Coordenadoria de Assistência Técnica Integral.
Importância
ambiental
- Área Natural
Tombada Serra do Mar e de Paranapiacaba - Conjunto regional que apresenta
grande valor geológico, geomorfológico, hidrológico
e paisagístico, e por oferecer condições de formar
um banco genético de natureza tropical, dotado de ecossistemas
representativos em termos faunísticos e florísticos. É
também uma região capaz de funcionar como espaço
serrano regulador para a manutenção da qualidade ambiental
e dos recursos hídricos da região litorânea.
Área: 1.300.000,00ha
Resolução de Tombamento 40 de 6/6/1985, Condephaat.
- Parque Estadual
Serra do Mar - Maior parque estadual paulista com área de 315.390
ha e altitude média de 600 metros. Vegetação de
Floresta Latifolíada Tropical Úmida. Fauna constituída
de anta, bugio, capivara, cotia, jaguatirica, onça-pintada, pato
selvagem, pomba e uru.
Decreto Estadual nº
10.251 de 30/8/1977 - Decreto
Estadual nº 13.313 de 6/3/1979 - Decreto Estadual nº 19.448
de 30/8/1982.
- Área de
Proteção Ambiental - APA (Anhembi) - Remanescente de Mata
Atlântica, localizada na Zona Leste da Região Metropolitana
de São Paulo. Lei Estadual nº 8.274, de 2/4/1993.
- Área
de Proteção Ambiental - APA - Várzea do Alto Tietê
- Protege vegetação de áreas alagadiças
e matas ciliares, ao longo da calha de inundação do Rio
Tietê. Área - 7.400 ha.
Lei
Estadual nº 5.598 de 6/2/1987, Decreto
Estadual nº42 837, de 3/2/1998.
- Estação
Ecológica Itapeti - Preservação e lazer contemplativo,
equipado com infra-estrutura turística; ocupa área de
89,47 ha e altitude média de 900 metros. Mata de Floresta Latifolíada
Tropical e fauna constituída de jaguatirica, paca, porco do mato,
veado, jacu e inhambú. Acesso pela Estrada Cruz do Século.
Decreto de Criação: Decreto Estadual nº 26.890, de
12/3/1987, Instituto Florestal. (ex Reserva Estadual de Itapeti - Decreto
Estadual nº 21.363-D.) - Lei
Nº 4.529, de 18 de janeiro de 1985
- Área de
Proteção aos Mananciais - Área da Unidade de Conservação
no município 1.300 ha.
Lei
Estadual nº 898, de 18/12/1975.
- Área de
Proteção Ambiental Federal - Bacia do Rio Paraíba
do Sul Área de drenagem de 14.396 Km2. Principais cursos d'água:
Rio Paraíba do Sul, Paraíbuna, Paraitinga, Jaguari, Parateí
e Una.
Decreto Federal nº
87.561, de 13/9/1982.
Casos conhecidos
de contaminação (dados de 2002 - Fonte: http://www.estadao.com.br/ext/ciencia/zonasderisco)
1. Auto Posto Beira
Litoral Ltda (R. Cabo Diogo Oliver, 58),
2. Auto Posto Vipam
Ltda (R. Ipiranga, 1369),
3. Auto Posto Vovô
Raphael Ltda (R. Engenheiro Eugênio Mota, 350 - Vila Santista)
* Classificação - avaliada com proposta de remediação.
Contaminantes - gasolina.
Ações imediatas - monitoramento ambiental, monitoramento
de explosividade, prevenção do consumo de águas,
remoção da fase livre, tratamento de líquidos contaminados.
Processo de remediação - remoção da fase livre.
4. Aços Villares
Sidenor Ltda (Av. Eng. Miguel Gemma 1871),
* Classificação - avaliada sem proposta de remediação
Contaminantes - óleos e graxas, alumínio, ferro total e
manganês
Ações imediatas - cobertura de resíduos, isolamento
da área, monitoramento ambiental
Processo de remediação - a ser definido
5. E C C do Brasil
Mineração Ltda (Estrada das Varinhas, KM 55 - Pq das Varinhas)
* Classificação - avaliada sem proposta de remediação.
Contaminantes - alumínio, ferro, manganês, sulfato, zinco.
Ações imediatas - monitoramento ambiental.
Processo de remediação - a ser definido.
6. Empresa de Mineração
Horii Ltda (Estrada das Varinhas, KM 52)
* Classificação - avaliada sem proposta de remediação.
Contaminantes - alumínio, ferro, manganês, sulfato, zinco.
Ações imediatas - monitoramento ambiental.
Processo de remediação - a ser definido.
7. Petrom - Petroquímica
Mogi das Cruzes Ltda (Rodovia Dom Paulo Rolim Loureiro, s/nº KM 9
- Vila Moraes)
* Classificação - avaliada com proposta de remediação.
Contaminantes - ácidos, mercúrio, naftaleno, vanádio,
xileno.
Ações imediatas - barreiras físicas ou hidraúlicas,
cobertura de resíduos, estabilização de aterro ou
vala, isolamento da área, monitoramento ambiental, remoção
de resíduo/solo.
Processo de remediação - encapsulamento de resíduos.
8. Produquímica
Ind. e Com. Ltda (Estrada Suzano-Ribeirão Pires, KM 14),
9. Aços Villares,
10. Elgin Máquinas,
11. Petrom - Petroquímica
Mogi das Cruzes.
* Área contaminada
e informações complementares, segundo cadastro da CETESB.
Entidades
Ambientais
Prefeitura
Av. Vereador Narciso
Yague Guimarães, 277
CEP 08780-000
Telefone 11 4798 5000 - Fax 11 4799 3067
home page: http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/
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